A cidade de chaves está rodeada de inúmeros monumentos para os mais variados gostos. Vamos mostrar alguns dos quais as pessoas podem encontrar na cidade.
PONTE DE TRAJANO
A ponte romana ou ponte de Trajano une as duas margens do Rio Tâmega e é o
ex-libris da cidade. É um dos mais notáveis monumentos do país, herdado da ocupação romana.
Foi construída entre o fim do 1º século e o princípio do 2º (98 e 104 d.C.). Tem cerca de 150 metros de comprimento, 16 arcos, quatro dos quais estão soterrados, e no meio erguem-se duas colunas cilíndricas epigrafadas.
CASTELO E TORRE DE MENAGEM
No século IX o Castelo de Chaves foi mandado construir pelo Conde Odoário.
No interior existiam edificações no rés do chão e dois andares destinados à guarnição. A torre de Menagem, é de secção quadrada.
No exterior do castelo, havia um fosso e a barbacã. Somente existem hoje as muralhas do castelo, que localizado no ponto mais alto da cidadela medieval, dominava toda a cidade e a onde se pode apreciar a veiga, o rio Tâmega, a serra de São Lourenço e do Brunheiro e o Castelo de Monforte de Rio Livre.
A história do castelo de Chaves faz parte da história da cidade.
Desde 1978, que no seu interior está instalado, um Museu Militar. Nos seus quatro pisos estão expostas armas, uniformes, plantas militares, bandeiras e outros troféus, recolhidos desde a Idade Média até à actualidade. Vale a pena visitar a Torre de Menagem pela vista panorâmica que se pode ver de toda a cidade de Chaves, Veiga e arredores.
A Câmara Municipal construiu um jardim, onde estão expostas algumas peças do Museu da Região Flaviense. O jardim está limitado por muralhas construídas aquando da fortificação da vila, por alturas das Guerras da Restauração, de onde se observa um bonito panorama sobre o vale de Chaves.
FORTE DE S. FRANCISCO
A vila medieval de Chaves, fortemente protegida para defesa da fronteira com a Galiza ficou desactualizada com o advento da Idade Moderna. Foi necessário guarnecer as colinas mais próximas da vila, de modo a evitar que a mesma fosse atacada pela artilharia inimiga. A primeira a ser construída foi na colina da Pedisqueira, onde existia um convento Franciscano. Foi então decidido construir durante a fase final da guerra da Independência, à volta deste um forte, de acordo com as modernas concepções de engenharia militar. A planta do forte é quadrangular, com faces de 130 a 150 metros. As muralhas são todas graníticas, com cerca de um metro de espessura. A altura varia com as inclinações do terreno onde estão implantadas, sendo a mínima com cerca de 4 metros e a máxima com cerca de 20 metros. A entrada principal está virada a sul, sendo uma ponte levadiça sobre o fosso que actualmente não existe. Dentro, para além da antiga igreja de São Francisco, há vários edifícios de construção bastante posterior, que serviram até aos anos setenta de alojamento a militares do batalhão de caçadores. Neste forte esteva já instalada uma escola preparatória. Estiveram também aqui alojadas algumas famílias das antigas províncias ultramarinas portuguesas. Neste momento, o forte é ocupado por um luxuoso complexo turístico, o Hotel Forte de São Francisco.
FORTE DE S.NEUTEL
Este forte foi construído por imposição da eventualidade da guerra da restauração. Não estava ligado ao sistema defensivo de Chaves pelo que os seus construtores tiveram que dotá-lo de uma segunda muralha externa, e de um fosso interno
inspirado no sistema Vauban. Acompanha as irregularidades do terreno, e também é de planta quadrangular, tendo nas esquinas baluartes salientes de forma afiada a avançar sobre o fosso. Este não tem nem nunca teve água já que não era essa a sua função. Por exigência deste fosso, o acesso ao interior do forte faz-se por uma ponte de pedra sólida, que liga a porta da muralha externa. As muralhas têm de um metro a um metro e meio de espessura, tendo de altura de 7 a 10 metros, sendo graníticas na sua totalidade. Dentro existe ainda a capela de nossa senhora das Brotas onde se realiza anualmente uma romaria. Além dela, existem pequenos edifícios que foram feitos para alojar até há alguns anos atrás, a guarnição de militares do antigo batalhão de caçadores. Aliás, ainda actualmente o forte pertence ao domínio militar, pelo que está habitualmente encerrado. Foi neste local que decorreu o combate travado em 1912 entre as forças do regime republicano e os monárquicos.
CASTELO DE MONFORTE
O castelo de Monforte e as suas muralhas foram construídos para servirem de defesa à povoação.
Porém, o povoamento do local é muito mais antigo que o castelo, provavelmente teria havido aqui um castro celta que pela formidável localização foi aproveitado pelo exército romano para posto de vigia e de comunicações à distância. A comprová-lo, há restos de aldeamentos romanos nas imediações do castelo. Por outro lado, não passava longe daqui a via romana que de Bracara Augusta (Braga) ia a Asturica (Astorga, em Espanha). Pensa-se que foi subsistindo a população na zona no decorrer dos séculos, até às invasões Muçulmanas e depois, até à Reconquista Cristã. Esta última, deve ter acontecido em definitivo somente no século XII. Por então, foi construído o castelo, que viria a ser quase destruído no tempo de D. Afonso III, durante as guerras com Leão. Em consequência, este rei concedeu à povoação um foral, transformando-a em vila para a recuperar, impulsionando assim a reconstrução do castelo.
Esta reconstrução seria concluída no tempo de D. Dinis, ficando a vila dotada das muralhas e da residência do alcaide. O conjunto construído então, apesar de danificado, é o que actualmente existe.
A vila, florescente, cresceu, vendo ampliadas as suas muralhas e tornando-se numa típica vila medieval. Também por isso veio a decair com o evoluir dos tempos e das formas de vida. O castelo foi abandonado quando o concelho foi extinto, em 1853, e a própria vila também o foi, deixando de ter habitantes já neste século.
CASTELO DE SANTO ESTÊVÃO
A torre de pedra de Santo Estêvão, sólida e airosa, é quase só o que resta de uma série de fortificações que no mesmo local se sucederam ao longo dos tempos. O que existe actualmente é, porém tipicamente medieval.
É toda granítica, tendo adquirido a cor castanha dos velhos castelos. No topo da torre, a cobrir o segundo piso, há um telhado, em volta do qual há um caminho de ronda, protegido por merlões e ameias, em bom estado de conservação.
Sabe-se que o povoamento da zona é antiquíssimo. As condições do vale, com bom clima e aptidões para a agricultura, devem ter favorecido a fixação do homem pré-histórico. Aliás, foram encontrados imensos vestígios desta época (sinais, inscrições rupestres, restos de fortificações) no termo da freguesia.
Há notícia da reconstrução, aqui, de um povoado, depois da Reconquista Cristã na Península Ibérica. Há mesmo quem defenda que os antigos habitantes flavienses, ou mais provavelmente os seus descendentes, ao regressarem após a ocupação muçulmana, se estabeleceram aqui e não na Aquae Flaviae.
MOMUMENTO AOS COMBATENTES DA 1ªGUERRA
Após o fim da 1ª Grande Guerra, a cidade de Chaves não hesitou em homenagear aqueles que morreram a servir a sua Pátria.
Assim, em 17/12/1919, por proposta do seu Presidente da Câmara – General Augusto César Ribeiro de Carvalho, foi aprovado em Assembleia, dar o nome ao actual largo do Monumento aos Combatentes da Grande Guerra – Praça da Grande Guerra, local onde seria erigido mais tarde um monumento aos flavienses mortos na Guerra. Em 09/07/1922, foi inaugurado o Monumento em simultâneo com a estação de caminhos-de-ferro, por ocasião das festas da cidade (08 de Julho).
PALACETE DOS PAÇOS DO CONCELHO
Foi construído em meados do século XIX, por António Pereira Coutinho, morgado de Vilar de Perdizes. Foi adquirido pela Câmara Municipal em 1861.
PAÇO DOS DUQUES DE BRAGANÇA
Está instalado neste edifício o Museu da Região Flaviense (arqueologia, armaduras, pintura e etnografia).
Foi construído para albergue de D. Afonso I, 1º Duque de Bragança, filho de D. João I
No século XVIII foi transformado em aquartelamento militar. Mais tarde foi ocupado pelo Batalhão de Caçadores de Chaves.
MISERICÓRDIA DE CHAVES
Esteve instalado neste edifício o antigo hospital de Chaves. É um edifício do século XVII (1842), construído pela Misericórdia de Chaves.
Actualmente é um lar para a 3ª idade.
A Misericórdia de Chaves foi criada por D. Manuel em 1498 (Irmandade e Confraria da Misericórdia de Chaves).
O seu interior é quase na totalidade revestido com uma das maiores e mais belas colecções de azulejos existentes em Portugal.
CONVENTO DA ORDEM DE NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO
Foi construído no final do século XVII. Foi um convento de freiras da Ordem de Nossa Senhora da Conceição.
Funciona actualmente neste edifício a escola Secundária Fernão Magalhães.
PONTE DAS CALDAS
Esta ponte situa-se entre o edifício das Caldas e o Hotel Aquae Flaviae;
A ponte encontrava-se lançada sobre o Ribeiro de Ribelas cujo curso foi desviado a montante, colocando a ponte em zona seca.
Ponte de tabuleiro em cavalete assente em dois arcos desiguais, de volta perfeita. A montante, talha-mar agudo alto entre os dois arcos. Tabuleiro lajeado mais largo do que a estrutura da ponte, sem parapeitos laterais.
Algumas aduelas encontram-se sigladas.
Época provável de construção século XVI.
Pratos típicos de Chaves e Alto Tâmega podemos referir os seguintes:
• O presunto de Chaves e o produto mais conhecido da região, mas, é quase impossível encontra-lo á venda.Alguns particulares, um ou dois comércios e nas aldeias, com um pouco de sorte poderá comprar um genuíno presunto de Chaves.
Se o visitante não perceber do assunto arrisca-se a comprar presunto (jamon) espanhol.
• Os porcos (recos) fornecem o presunto e eram alimentados em casa com produtos naturais e era curado nas salgadeiras e depois no fumo.
• O porco fornece também a carne para fazer bons enchidos, alheiras, salpicões, linguiça, sangueiras, bucheiras, cabaceiros, tudo genericamente chamado fumeiro.
• Do fumeiro surge o folar de Chaves. É uma especialidade da Páscoa, hoje já é feito durante todo o ano (na padaria do João Padeiro, por exemplo), é diferente de todos os outros folares feitos noutras regiões.
Farinha, fermento, manteiga e recheado com bom fumeiro, tudo muito bem trabalhado e cozido no forno de lenha, uma maravilha.
• Outra maravilha é os pasteis de carne. É um folhado recheado de carne e tem o formato de meia-lua. Quentes são o melhor pastel folhado do país.
• Tudo isto deve ser acompanhado com vinho da região. O presunto e o fumeiro com pão de centeio.
• Temos ainda a carne da vitela barrosã, os cabritos assados, os milhos, as trutas recheada com presunto, o cozido á portuguesa, a feijoada à transmontana, as alheiras grelhadas com espigos de nabo.
Podemos ver algumas imagens mas claro que aqui virtualmente falta-lhe o gosto. Nem há como vir ate cá para os poder saborear pessoalmente.
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